O crescente uso de aplicativos tem feito com que as empresas enfrentem obstáculos cada vez maiores para garantir a proteção de seus ambientes digitais. E a necessidade de adotar práticas de segurança não se limita apenas à proteção de dados, mas também em proporcionar maior tranquilidade para os usuários desses produtos.
A segurança de aplicativos, também conhecida como AppSec, é considerada um pilar na proteção de dados e na entrega de soluções confiáveis. Mais do que apenas mitigar riscos cibernéticos, esse conjunto de técnicas promove uma experiência aprimorada para os usuários, fortalecendo a confiança e a conexão entre as empresas e seu público.
O que é segurança de aplicativos?
Segurança de aplicativos, ou AppSEC, é um termo que se refere a diferentes técnicas, ferramentas e processos designados para proteger soluções digitais.
Essas medidas protetivas incluem identificação de falhas ao longo da produção do software, por exemplo,até a implementação de ações corretivas para mitigar as ameaças cibernéticas.
Exemplos práticos
Conforme a pesquisa da Forrester, o mercado de segurança de aplicativos deve alcançar US$12,9 bilhões até 2025. Esse número mostra que a área está em ascensão, e que a alta está relacionada à demanda e uso frequente desses dispositivos.
Cada pessoa possui em seus celulares e smartphones, ao menos um aplicativo instalado, seja para realizar pagamentos, concluir compras online ou então executar outras tarefas.
Dessa maneira, muitas organizações globais estão cientes do quanto as aplicações se tornaram importantes e o papel que a segurança de aplicativos desempenha nesse cenário. Alguns desses cases envolvem:
1- Banco Santander
Implementou uma plataforma robusta de segurança de aplicativos que inclui ferramentas de monitoramento em tempo real e detecção de ameaças para prevenir fraudes e acessos não autorizados
Além disso, o banco utiliza criptografia avançada para proteger as informações durante as transações e adota autenticação multifator (MFA) como um requisito obrigatório para acessar contas e realizar operações.
2- Dropbox
O Dropbox, uma das plataformas mais populares de armazenamento em nuvem, vem implementando uma ampla gama de medidas de segurança para proteger os dados dos usuários. A criptografia é uma das principais práticas adotadas, tanto para arquivos em trânsito quanto para aqueles armazenados nos servidores.
Da mesma forma, a empresa também realiza auditorias regulares em sua infraestrutura e utiliza ferramentas de monitoramento avançado para detectar atividades suspeitas.
3- Amazon
A Amazon utiliza o “Amazon Web Application Firewall” (WAF) como uma solução robusta para proteger seus aplicativos web contra ameaças cibernéticas. Essa ferramenta é capaz de bloquear tentativas de exploração de vulnerabilidades comuns em aplicações.
Ademais, a Amazon também tem adotado uma abordagem de segurança em camadas, que inclui criptografia de ponta a ponta, segmentação de redes e políticas rígidas de controle de acesso.
4- Google
O Google implementou um modelo de segurança avançado chamado “Google Security Model”, que combina várias práticas inovadoras para proteger seus aplicativos e serviços.
A empresa também vem utilizando autenticação multifator para garantir que apenas usuários autorizados possam acessar suas contas, além de empregar criptografia de alto nível para proteger dados em trânsito e em repouso.
Quais são os tipos de segurança de aplicativos?
A segurança de aplicativos pode ser aplicada de diferentes formas. São elas:
1- Segurança no ciclo de vida de desenvolvimento da plataforma
Visa a adoção de práticas como a análise estática de código, que ajuda a detectar falhas logo no início do processo, além da revisão detalhada de arquiteturas para evitar possíveis brechas. Essas medidas reduzem os custos associados à correção de problemas em estágios avançados e ajudam a desenvolver sistemas mais robustos e confiáveis.
2- Segurança de aplicações na web
Ela atua na implementação de defesas contra ameaças como injeções de SQL, que exploram falhas na interação com bancos de dados e ataques de XSS (cross-site scripting), que inserem scripts maliciosos em páginas confiáveis.
Além disso, medidas como validação de entradas e autenticação segura ajudam a evitar falsificação de solicitações e comprometimento de dados sensíveis.
3- Segurança de aplicativos móveis
Ela abrange um conjunto de práticas e tecnologias destinadas a proteger soluções instaladas em dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Essas medidas incluem a criptografia de dados armazenados localmente, a verificação de permissões e a implementação de autenticação multifator para evitar acessos não autorizados.
4- Segurança baseada em redes
Ela visa proteger aplicações conectadas à internet ou a redes privadas contra uma variedade de ameaças cibernéticas. Isso é alcançado por meio de ferramentas como firewalls, que monitoram e controlam o tráfego de dados, e também criptografia, que assegura que as comunicações sejam protegidas contra interceptações.
5- Segurança na nuvem
Com o crescimento de plataformas SaaS (software como serviço), é importante implementar medidas para assegurar a integridade e a confidencialidade das informações processadas e armazenadas nesses ambientes.
Garantir a proteção de dados nesses ambientes envolve medidas como a criptografia de arquivos armazenados, controles de acesso rigorosos e auditorias regulares para identificar vulnerabilidades.
Benefícios do AppSec
Ao investir em segurança desde as primeiras etapas do desenvolvimento, empresas conseguem mitigar riscos, proteger dados sensíveis e reforçar a confiança de seus clientes.
Além disso, esses padrões trazem vantagens significativas tanto para as organizações quanto para os usuários finais:
- Proteção contra ataques cibernéticos: a implementação de padrões de cibersegurança ao longo do desenvolvimento auxilia na identificação e correção de falhas, o que reduz o risco de ataques como injeção de código (SQL Injection), DDoS e exploração de brechas de segurança;
- Fidelização e confiança do usuário: programas que seguem métricas rigorosas de AppSec mostram um compromisso com a blindagem dos registros pessoais de seus clientes. Isso resulta em uma recomendação positiva, criando um ciclo de crescimento e lealdade;
- Conformidade regulatória: a segurança de aplicativos auxilia as organizações a cumprirem as leis, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), assegurando que a coleta, armazenamento e processamento de registros estejam alinhadas com as normas de privacidade;
- Prevenção de perdas financeiras: o manuseio eficaz da AppSec ajuda a evitar os vazamentos de dados ou interrupções operacionais, o que pode proteger a saúde financeira da empresa;
- Inovação segura: a segurança de aplicações possibilita ainda que as empresas experimentem e implementem novas funcionalidades, tecnologias e modelos de negócios, uma vez que podem confiar que suas bases estão de fato protegidas contra vulnerabilidades.
Em um cenário onde os desafios cibernéticos crescem a cada dia, investir em AppSec é também investir em inovação e credibilidade. Locais que priorizam essa segurança constroem relações mais fortes com seus clientes e se posicionam à frente em um mercado que exige soluções tecnológicas mais seguras e confiáveis.
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