Patches de segurança: o que são e como mantêm sistemas protegidos?

Como utilizar os patches de segurança a seu favor?

Trabalho em uma empresa em que grande parte dos sistemas são legados, desatualizados e sem proteção alguma. Corro algum risco de ter algum problema de vazamento com as informações do local onde atuo?

A resposta é: bastante. Manter plataformas obsoletas representa um perigo imenso porque amplia a possibilidade da empresa sofrer ataques, perdas financeiras e danos à sua reputação.

Existe uma forma de impedir isso? Sim! Através de patches de segurança, responsáveis por corrigir as vulnerabilidades exploradas por invasores.

Vamos entender mais sobre eles!

O que são patches de segurança

Patches de segurança nada mais são do que correções liberadas por programadores de software para resolver erros em programas, sistemas operacionais e aplicativos. Essas atualizações têm como objetivo eliminar toda e qualquer brecha observada por criminosos e que, inclusive, podem comprometer a integridade.

As vulnerabilidades podem nascer de diferentes fontes, sejam elas por equívocos no código, novas técnicas de ataque desenvolvidas por hackers ou até mesmo mudanças em regulamentações. Aqui, é a implementação de patches que vão garantir a segurança de equipamentos e toda a rede corporativa.

Como os patches de segurança funcionam para proteger sistemas?

O comportamento dos patches de segurança está diretamente ligado à detecção de falhas e à aplicação de reparos, funcionando do seguinte modo:

1- Identificação da vulnerabilidade


Existem determinadas maneiras de detectá-las:

  • Pesquisa interna: equipes de desenvolvimento realizam auditorias de código e testes de segurança para encontrar imprecisões antes que sejam descobertas;
  • Relatos de especialistas: pesquisadores independentes, companhias de segurança e até usuários são capazes de apontar as fragilidades descobertas;

Após a descoberta, o erro é analisado para determinar o nível de gravidade, o impacto potencial e a urgência de correção.

PS: em determinados casos, ele só é descoberto depois de ter ocasionado estragos no espaço corporativo, sendo necessária a ação imediata de paliativos, como desconectar os pontos da rede, checar as máquinas comprometidas, dentre outras medidas.

2- Desenvolvimento da correção


Uma vez identificado o equívoco, a equipe de desenvolvimento inicia o procedimento de criação do patch. Esse trabalho exige cuidados extras, como:

  • Eliminar a falha sem criar novos problemas em outros locais da plataforma;
  • Manter a compatibilidade com os aplicativos existentes;
  • Não comprometer a performance do software ou do hardware em que está em execução.

3- Distribuição da atualização

Com a validação concluída, o patch precisa ser distribuído aos indivíduos. Isso será feito através de diferentes métodos:

  • Atualizações automáticas: patches de segurança são baixados e instalados automaticamente pelo sistema operacional ou pela soluçãoafetada;
  • Notificações: a solução avisa o usuário sobre a necessidade de instalação, geralmente por meio de pop-ups ou mensagens no painel de controle;
  • Disponibilização manual: alguns patches necessitam que o usuário ou o administrador do sistema acesse o site oficial do fabricante para baixar e instalar manualmente.

4- Aplicação e monitoramento

Feita a distribuição, é necessário assegurar que o patch seja devidamente aplicado e monitorado, e para isso aplicamos:

  • Monitoramento contínuo: ferramentas de segurança acompanham o comportamento do programa para identificar possíveis efeitos adversos ou novas vulnerabilidades decorrentes das melhorias;
  • Feedback: em certos casos, falhas inesperadas só são percebidas após a distribuição do patch, o que torna indispensável o acompanhamento de relatos de usuários e correção ágil de eventuais problemas decorrentes da atualização.

A importância dos patches de segurança para as empresas

Empresas armazenam grandes volumes de dados sensíveis, tais como registros financeiros, de clientes e documentos internos. Sem a aplicação correta de reparos, essas informações ficam comprometidas por ataques cibernéticos.

Além disso, regulamentações de resguardo dos dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), requerem que as organizações adotem medidas para certificar a segurança das informações. Falhas de seguridade resultam em sanções legais, que podem impactar financeiramente e socialmente a organização.

Somado a isso, a estabilidade das plataformas também é um fator crítico. Programas desatualizados podem apresentar erros de funcionamento, o que, consequentemente, acarreta indisponibilidade de serviços. A aplicação de patches regulares contribui para eles permanecerem operantes sem ameaças.

Como gerenciar patches de segurança?

A gestão de patches de segurança pode ser complexa, ainda mais se os ambientes corporativos lidarem com inúmeros dispositivos e aplicações.

Porém, pode-se simplificar o gerenciamento aplicando:

  • Automação: sempre que possível, é recomendável configurar atualizações automáticas para reduzir o risco de falhas humanas na incorporação de patches;
  • Testes: é importante testar patches em um local de controle antes de aplicá-los em larga escala para evitar incompatibilidades;
  • Priorização: certos problemas são mais críticos do que outros. Assim, deve-se avaliar o impacto de cada vulnerabilidade para definir quais ajustes devem ser aplicadas com urgência;
  • Treinamento e conscientização: equipes de TI e colaboradores devem estar cientes da importância dos upgrades para reduzir o perigo de brechas de segurança.

Desafios na implementação de patches de segurança


Um obstáculo muito comum na implementação de patches é a resistência dos usuários. Muitos não concordam que upgrades sejam feitos,por medo de que as mudanças acabem prejudicando a interface ou interrompendo o funcionamento de programas. Para resolver essa resistência, recomenda-se a aplicação de campanhas de conscientização sobre a necessidade dessas correções.

Além disso, a falta de um gerenciamento também é um desafio que pode desencadear  falhas na execução de patches de segurança. As empresas que não tiverem uma estratégia robusta correm o risco de deixar suas soluções legadas e submetidas aos ciberataques.

Conclusão

A aplicação de patches de segurança é uma estratégia que precisa compor o planejamento empresarial, caso os líderes desejem manter os seus softwares protegidos contra ameaças sofisticadas.

Empresas que adotam boas práticas na gestão dessas atualizações, bem como instruem a equipe sobre a importância dos patches, são capazes de reduzir riscos operacionais, evitar penalidades associadas à legislação de proteção de ativos digitais e garantir, também, a alta estabilidade em seus sistemas. Curtiu o conteúdo? Então acompanhe nosso artigo a respeito da necessidade de proteger seus dados na vida pessoal e corporativa.

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